Los Angeles é uma cidade oposta a Nova York em quase tudo, exceto na generosidade e na opulencia do mercado que, como aqui, oferece infinitas facilidades e supérfulos de primeira.
O visitante é acolhido desde o aeroporto pelas ubíquas palmeiras bem como pela certeza de que precisará alugar um automóvel se quiser conhecer uma mínima amostra deste conglomerado interminável de cidades. As palmeiras sao de fato intrigantes e, numa cidade sem história, parecem ter mais a contar do que a maioria dos prédios. No famoso Sunset Boulevard, por exemplo, há um trecho, na altura de Hollywood, em que as palmeiras murchas vao dando ao turista, que as percorre detrás do volante, a exata impressao de glória já passada, que caracteriza muito deste distrito hoje. Houve, entretanto, uma revitalizacao de Hollywood recentemente. O teatro Kodak, onde é realizado anualmente o Oscar, é novo, como também é o shopping ao lado, inesperadamente encimado por enormes paquidermes de gesso. Extravagancias e bizarrices do genero sao, em Hollywood, normais. Vejam o Teatro Chines, construído nos anos 20 pelo empresário excentrico Sid Grauman. Desde entao, ali as estrelas imprimem no piso de cimento suas maos e solas de sapatos. A poucas quadras, fica o Teatro Egípcio, do mesmo Grauman e de identico mau gosto. Curioso pensar que o mundo inteiro se rendeu aos filmes criados nessa cidade. Parece que o mundo do cinema fica melhor mesmo limitado as telas.
No mesmo Sunset Boulevard, algums milhas adiante, há palmeiras mais esguias e orgulhosas, como as que guardam a fachada do Beverly Hills Hotel. Fundado nos anos 10, o hotel hospedou Vivien Leigh, Elizabeth Taylor e muitos outros medalhões. Mantém intacto o glamour dos melhores tempos e, dizem, ainda é o preferido de muitos ricos e famosos.
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